segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"Educar exige a convicção de que a mudança é possível."

Paulo Freire
(Por favor, me corrijam se estiver errada)

A problemática dos ponteiros do relógio

Tapejara, 31 de agosto de 2009. Segunda-feira. Sol e calor o dia todo. Postagem referente à:
Tapejara, 29 de agosto de 2009. Sábado. Sol e calor o dia todo.
E como se faz para explicar a disfunção de um relógio?

Com muita paciência. Com muita paciência, eu disse.

Foi a primeira aula daquelas crianças de manhã, indiferente de ser sábado; nunca tinha saido da cama tão cedo para ir à escola. E algumas coisas precisaram ser explicadas logo na chegada. Por exemplo:


* Vocês irão para casa antes do almoço;

* Ainda será dia quando sairão da escola;

* Vocês terão recreio;

* Sim, vocês irão para casa antes do almoço.

Mas criança aprende rápido; até as horas; até quantificar o tempo...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Qual é mesmo a ordem do dia de hoje?

Tapejara, 28 de agosto de 2009. Sexta-feira. Dia ensolarado.

O que fazer quando a sala de aula confrta, quando o convívio com os alunos se torna um refúgio?
Estranho?
Estou ficando louca?
Que digam as más línguas (e aliás são muitas) que estou blefando. Não estou, sei disso, e isso basta. Porque o desabafo do blog não vai para as páginas do relatório no meu diário de estágio.
Esperar ansiosamente o encontro com aqueles anjinhos que dispensam um carinho incondicional... E que nos fazem esquecer de todo o resto quando chamam "pôoo" com brilho nos olhos... E não querer que o fim da tarde chegue, mas chega, e eles estão esperando por isso...

...

O dia também acaba, e o outro começa, e a vida não pára (não queria que este acento tivesse caído. Simpatizava com ele, de verdade).

Vou dormir. Melhor, vou passar a limpo um plano, e depois vou dormir.
Tapejara, 29 de agosto de 2009. Sábado.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mais um dia... quarto dia

Tapejara, 27 de agosto de 2009. Quinta-feira. O dia estava ensolarado e quente. Não muito quente, mas muito sol para uma criança.

As pessoas não se dividem entre as que tem e as que não tem. Não falo somente em bens materiais. É mais abrangente. Ou específico. Ter ou não carinho, por exemplo; atenção; estrutura emocional suficiente para enfrentar certas situações. E para perceber o quanto somos insignificantes perante acontecimentos corriqueiros da vida de quem acoda todos os dias para enfrentá-la realmente. A vida.

O que fazer com isso? Aprender. Aprender com aqueles a quem sou destinada a ensinar. As crianças nos ensinam muito mais que ler e escrever.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Terceiro dia

Tapejara, 26 de agosto de 2009. Quarta -feira. O dia estava quente e ensolarado.

O cansaço do primeiro e segundo dia já passou. Nada como uma boa noite de sono para recuperar tudo, inclusive a energia.

Dormir bem. Nem me lembrava mais o que isso significava. E hoje, com meus horários um pouco mais "apertados", se assim posso dizer, entendo o que dizem pesquisadores e especialistas sobre dormir no mínimo oito horas por dia - ou noite, como preferirem. Meu organismo agradece esta atitude, mas minha opinião não mudou. Continuo pensando que...

dormir é bom. não dormir é ainda melhor.

Agora, vou dormir. Boa noite.

Nota

Ontem (25/08/09), segundo dia do meu estágio, o sinal da internet que chega até minha casa através de um cabo azul não funcionou. Acontece, vez ou outra.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Primeira aula



Tapejara RS, 24 de agosto de 2009. Segunda-feira. O dia oscilou entre nublado e ensolarado.

Caminhos, escolhas, opções... Decidi, com 14 anos de idade, que me formaria professora de educação infantil e séries inicias. Para atuar ou não; o que valia para mim seria a experiência. Hoje percebo que se trata de mais, muito mais que isso.

Foram sete semestres de estudo e preparação. Mesmo assim o frio na barriga é inevitável. Engraçado, mas quando estou nervosa, minha reação é o riso desenfreado. Nada confortante para quem está me acompanhando e não tem a mesma defesa.
Entrar na escola hoje como educadora me fez sentir uma pontinha de realização pessoal; dediquei muito estudo, muito esforço a isso! O sorriso sincero de uma criança nos faz pensar que o sofrimento que se passou ou, se não, o que pode vir, será de qualquer maneira recompensado. O apoio de quem nos acompanhou durante o processo de formação; o carinho daqueles que nos querem bem; ter com quem compartilhar experiências... Isso conforta, alivia.
Estágio é para mim sinônimo de aprimoramento.

Sei que dou o melhor de mim em tudo o que faço. Meus alunos terão o melhor de mim. Quero que me amem enquanto professora, como os amarei como meus alunos.

Bruna Fernanda Suptitz, 18, estágiária de um turma de primeiro (1º) ano, em Passo Fundo RS.

Muito obrigada!