sábado, 31 de outubro de 2009

Real significado do trote universitário.


O texto que segue é de minha autoria, e com ele conquistei uma vaga na final do concurso RedAÇÃO ZH, realizado neste ano, entre os meses de março e maio. O tema da primeira etapa abordava a questão delicada que existe quando se trata de trote universitário. Substituir inteiramente as brincadeiras e bizarrices pelo (novo termo) trote solidário? E onde guardamos a essência deste ritual? Mas isso não significa de maneira alguma que agressões e humilhações sejam aceitas como parte do processo. Eis abaixo a minha singela opinião acerca do assunto:


Real significado do trote universitário.

   O trote universitário tem como objetivo, desde sua origem no século XIV até a atualidade, integrar calouros e veteranos. A essência da brincadeira para acolher os novos estudantes está em manter um ritual de passagem, de grande importância para aqueles que conseguiram vencer o vestibular e estão iniciando uma nova etapa da vida acadêmica.
   Tendo em vista que brincadeiras como cortar o cabelo, pintar o rosto, sujar-se, enfim, agradam aos novatos, em que ponto se encontram os problemas relacionados ao trote? Com conhecimento de fatos recentes, ouros nem tanto, é possível o questionamento de qual o real significado deste ato tão modesto: se faz necessária a humilhação moral ou a agressão física para demonstrar uma falsa soberania que alunos mais antigos da instituição pensam ter?
   Somando a pressão exercida pela sociedade sobre o vestibulando com o medo de ser obrigado a participar de brincadeiras com caráter vexatório, o estudante tende a sentir-se inseguro quanto ao que pode acontecer. E é então que surgem forças para sustentar o trote solidário, que além de contribuir com causas nobres da comunidade, tais como doar sangue, alimentos e realizar visitas a asilos ou creches, integram alunos e instituição de forma saudável e divertida ao mesmo tempo.
   Encontrar um meio termo entre o trote integração e o trote violento é demasiado difícil, pois sua conotação varia para cada pessoa. É preciso portanto buscar uma maneira de agregar as tradicionais brincadeiras ao trote solidário, de modo que este não se torne vazio de significado.

Bruna Fernanda Suptitz

A mulher banana - Martha Medeiros



  • A mulher banana

    Não sei se você já conhecia a Mulher Melancia e a Mulher Jaca. Eu só soube da existência dessas criaturas na semana passada. São duas dançarinas de funk que ganharam notoriedade por possuir quadris avantajados (respectivamente, 121cm uma, 101cm a outra). Essa é toda a história, com começo, meio e fim.

    Tem também a Mulher Rodízio, forma bem-humorada que a onipresente Preta Gil se autobatizou, justificando que ela tem carne pra todo mundo.

    Pois agora vou apresentar pra vocês a grande novidade desse mercado tão nutritivo: a Mulher Banana.

    A Mulher Banana, se tivesse um quadril de 120cm, correria três horas por dia numa esteira. Se isso não adiantasse, correria para uma mesa de cirurgia a fim de tirar uns cinco bifes de cada lado, porque ela considera bundão uma coisa muito vulgar. Faria isso por vaidade, pois acredita que, na prática, não faz a menor diferença para os homens se a mulher tem 90cm ou 120cm. Eu avisei que ela é banana.

    Essa questão da vulgaridade quase a deixa doente. Ela não se conforma de que a rafuagem ganhe tanto espaço na imprensa, incentivando um monte de menininhas a também rebolarem no pátio da escola. Ela morre de vergonha ao ver a mãe da Mulher Melancia dizer para um repórter que sente muito orgulho de ter uma filha vitoriosa. Ela se pergunta: pelamordedeus, não existe ninguém pra avisar essa gente que eles perderam o senso do ridículo? A Mulher Banana é totalmente sem noção, coitada.

    A Mulher Banana não se dá conta de que há pouco assunto para muito espaço na mídia. Não há novidade que chegue para preencher tanto conteúdo de internet, tanta matéria de revista, tanto programa de tevê, e é por isso que qualquer bizarrice vira notícia. Sem falar que, hoje em dia, tudo é cultura de massa, tudo é passível de análise para criarmos uma identidade nacional. Não, não, não pode ser!! Pode, Mulher Banana.

    A Mulher Banana, como o próprio nome diz, é ingênua, inocente, tolinha. Ela acredita que o discernimento nasceu para todos e que ser elegante vale mais do que ser ordinária. É boba, mesmo. Não no mercado das mulheres hortifrutigranjeiras, minha cara. Aliás, mercado ao qual você também pertence. Banana.

    A Mulher Banana ainda se choca com certas imagens, com certas fotos. Não que ela não acredite no que está bem diante do seu nariz (já sondei e não tem parentesco algum com a Velhinha de Taubaté). Ela vê, ela sabe, ela está bem informada. Só que não consegue tirar isso pra piada, não leva na boa, não passa batido: ela é tão banana que se importa!!

    Aviso desde já que a Mulher Banana não tem empresário, não posa para sites eróticos, não dá entrevistas e muito menos aceita sair de dentro de um bolo gigante usando só um tapa-sexo. Ela é banana. Vai morrer sem dinheiro, só é rica em potássio. E não pense que é movida à inveja. Se fosse, invejaria a bundinha da Gisele Bündchen, que também andou à mostra esta semana e tem um tamanho bem razoável. A Mulher Banana, tadinha, ainda sonha com um padrão estético razoável e um comportamento social menos nanico. Não pode ser brasileira! Mas é, conheço-a como a mim mesma.

Martha Medeiros

13 de abril de 2008.

sábado, 24 de outubro de 2009

Chalita no umbigo do furacão

(este texto foi retirado de http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/ e é de autoria de Padre Joãozinho)

Chalita no umbigo do furacão

Acordo nesta sexta sabendo das notícias políticas de ontem. O PSDB pretende ”caçar” o mandato do Chalita. Dizem que foram eles quem deram o mandato a ele. Será? E os milhares de eleitores que fizeram dele o vereador mais votado da história de São Paulo? Tudo isso porque mudou de partido por não concordar com a política educacional de José Serra. Depois de uma quinta-feira de debates tão importantes é impressionante ver o Chalita ao vivo no programa do Pe. Fábio, sem fazer sequer uma referência ao fato. Mas eu faço. Debate é sempre saudável. Parece que as forças políticas que determinarão a eleição presidencial do ano que vem já estão em forte interação. E Chalita está no umbigo do furacão. O santo que celebramos hoje foi governador e juiz antes de se tornar sacerdote. Chalita tem chance. Pode ser governador e depois… quem sabe padre! Brincadeiras sérias à parte… o PSDB perdeu uma chance de ficar calado. O PT não precisa defender Chalita. Ele tem voz e vez. Tem personalidade serena e forte. Não se iluda com o sorriso leve e permanente. As portas se abrem e o mundo se inclina diante de um homem que pensa. E aí está um deles!

sábado, 17 de outubro de 2009

A problemática dos ponteiros do relógio - Parte II



O relógio da parede da minha sala de aula parou. Isso é gravíssimo!

E agora? O tempo também parou?

pôô... isso que' dize' que a gente não vai po requeio???"

E outras questões mais. Então, algumas explicações se fazem necessárias:

* Vocês terão recreio sim.

* Meus anjos, o tempo não parou, só o relógio da parede da sala de aula. Deem uma olhada no relógio do celular da prô (isso porque o relógio de pulso da prô também parou de funcionar). Ele continua funcionando. É só o da parede que parou.

* Não, isso não é grave. Uma pilha nova resolve o problema.

É verdade... O tempo não pára / Não pára não...

(Usarei o acento diferencial de para preposição e para verbo até o último dia possível.)

domingo, 4 de outubro de 2009

Diálogo

Diálogo registrado algumas semanas atrás:

Bruna Fernanda: Estou cansada, não tenho tempo disponível para realizar as atividades...

Natasha: Como assim não tem tempo? O que você faz da meia-noite às seis da manhã? Dorme, Bruna Fernanda? Que desperdício de tempo!

(dormir é bom. não dormir é ainda melhor)

A arte de educar


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ENEM ADIADO

Enem adiado - Nota Oficial

O Ministério da Educação informa que as provas do Enem marcadas para este final de semana foram adiadas por motivos de segurança.

O Inep já possui uma segunda prova e deve anunciar a nova data nos próximos dias, depois de reorganizar a logística.

O Ministério da Educação já tomou providências junto ao Ministério da Justiça e a Polícia Federal no sentido de apurar eventuais responsabilidades criminais relativas ao vazamento.

Os estudantes inscritos serão comunicados oportunamente pelos meios habituais da confirmação da nova data e do local das provas.

Em razão do adiamento, o resultado final das provas, inicialmente previsto para o dia 8 de janeiro, deve atrasar em cerca de um mês.

O Ministério da Educação trabalha para minimizar os efeitos do atraso.

Assessoria de Imprensa Inep/MEC


http://www.inep.gov.br/imprensa/noticias/enem/news09_33.htm