quinta-feira, 28 de abril de 2011

Módulo Rádio

(Postagem orinalmente publicada no blog Jornalismo Famecos no dia 18 de maio de 2010.)

Assim como o jornal impresso, o rádio também tem seus concorrentes e possíveis substitutos. Mas espera aí, estamos falando de substitutos do que mesmo? Do rádio ou da rádio?

O aparelho eletrônico com o qual estamos acostumados a ouvir a programação das emissoras de rádio não caracteriza esse veículo de comunicação. Embora tenha se convencionado que as transmissões sejam levadas até o ouvinte através deste equipamento, ele, o aparelho de rádio, assim como o jornal em papel, não passa de um canal. Com o surgimento de tecnologias digitais como o MP3 (MP4, MP5...), que permitem armazenamento de música em grande quantidade e sua reprodução automática, e a transferência dessa função também para o celular (é difícil hoje imaginar alguém sem um), tudo o que fugir ao portátil parece ser considerado descartável.

Exagero de minha parte?

Já ouviste falar em Podcasting, caro amigo estudante de jornalismo? Uma novidade tecnológica nem tão recente assim, que surge como uma opção, uma alternativa, que vale a pena coferir.

O Podcasting é uma forma de publicação de arquivos de mídia digital pela internet, através de um feed RSS, que permite aos utilizadores acompanhar a sua atualização. Com isso, é possível o acompanhamento e/ou download automático do conteúdo de um podcast.

Se algum dia outros formatos de reprodução de som irão substituir o aparelho do rádio, e se a facilidade oferecida pela internet vai com acabar de vez com os estúdios e tranformar qualquer canto em um transmissor de música e notícia? Não sei, mas conforta saber que, para isso acontecer, é preciso que alguém o faça. E lembrar que estamos estudando, nós, alunos da Famecos, para nos tornarmos produtores de conteúdos, não interessando em qual veículo ele será transmitido.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A notícia ao alcance de todos

(Postagem orinalmente publicada no blog Jornalismo Famecos no dia 11 de maio de 2010.)

Passei o último final de semana no interior. Interior que eu digo é o interior do Estado. O que não salva Tapejara de ser considerada um quase nada, se comparada a Porto Alegre. O choque dessa transição é grande; são apenas 20 mil habitantes e um centro pouco movimentado. Paz, ar puro, água da torneira; descanso... E muita desinformação.

Não quero, com essa afirmação, dizer que as notícias, os fatos atuais não atingem o norte gaúcho, nada disso. Mas chegam até lá de maneira diferente, e a percepção de um público alvo distinto do metropolitano é visível. É a valorização do local em detrimento do regional, do nacional e do mundial. Debatemos um assunto como esse em aula, essa semana. O professor nos questionou, enquanto futuros jornalistas e, portanto, transmissores de informação, quais destes fatores tem maior relevância na construção de um jornal, noticiário. Nos instigou a pensar - cedo - para quem estamos trabalhando e com que finalidade. Que público desejamos atingir, sobre o que falaremos e como seremos interpretados.

É o que pensei estando lá, em Tapejara. A vida longe do centro metropolitano flui como em qualquer outra parte do mundo. Mas em outro ritmo. E as notícias veiculadas no jornal ou na televisão não surtem grande efeito, pois não atingem diretamente aquele determinado grupo, não abalam seu cotidiano. Sendo assim, o que acontece não passa de fatos isolados dentro de um universo em constante movimento que não pára* de produzir informação.

E quem pensa que o valor da cotação do dólar não atinge a estudantes de jornalismo da Famecos, se esse mesmo estudante estiver a mais de 400km de PoA, aí é que não influencia mesmo. Descanso merecido para a mente.

* O acento diferencial de para verbo e para preposição não existe mais. Um dia me convenço disso.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Se a imprensa não existisse, seria preciso não inventá-la. (Balzac)

(Postagem orinalmente publicada no blog Jornalismo Famecos no dia seis de maio de 2010. Mais um texto de minha autoria. Este estava sem título.)

Li ontem um texto que aborda a questão da ética no jornalismo. Mais precisamente, apresenta contraditórias e instigantes ideias sobre a falta de moralidade por parte de quem exerce a profissão. Um convite à reflexão: estaríamos nós, jornalistas em formação, fadados a simplesmente embarcar num oceano imoral, sustentando a tese (equivicada) de que o jornalismo aí está para servir a interesses de alguns e beneficiar-se com essa troca? É esse o fluxo natural do sistema ou uma das opções dentre as que teremos a nossa disposição?

Não é difícil nos depararmos diariamente com a face do jornalismo mal feito. Basta ligarmos a TV à tarde ou folhearmos as páginas de um jornal. Até mesmo os mais conhecidos veículos de comunicação estão vulneráveis a cometer erros. Mas isso não justifica aceitarmos fazer parte de uma sistema doente e seguir no caminho que leva profissionais da área de comunicação a despertar nas pessoas uma imagem ruim como a defendida no texto.

Ser ético é uma opção de cada um. Parece óbvio, mas nem tanto. Ser ético dentro do jornalismo significa que, às vezes será preciso descartar oportunidades e abrir mão dos holofortes. Manter-se ético depois de formado, no ato de exercer a profissão, é opção.

sábado, 12 de março de 2011

O Jornal

(Postagem orinalmente publicada no blog Jornalismo Famecos no dia 19 de abril de 2010.)

Seria o jornal uma mídia impressa, necessariamente? Ou apenas convencionou-se que é no papel que se deve manter esse veículo de comunicação?

 Esse tema foi duscutido nas aulas anteriores, quando o assunto em questão foi o veículo "jornal". A partir disso, organizou-se uma redação de jornal, dentro do Laboratório de Jornalismo da Famecos.

Um jornal com vida útil de 24/horas já é considerado "passado" diante da facilidade de obter informações instantâneas através do rádio, TV e internet. Nos falta uma explicação mais óbvia e sincera de por que motivo resiste ao desaparecimento total em troca das facilidadaes oferecidas pela imensidão de aparatos tecnológicos. Debate esse que também rendeu argumentos e opiniões diversas nas duas últimas manhãs de quinta-feira.

Simultaneamente a reflexão e os questionamentos propiciados pela incerteza do futuro do jornal, o professor apresentou-nos duas das mais recentes tecnologias destinadas a principal finalidade da leitura - sem utilizar papel. Vitória dos ambientalistas, que lutam contra a derrubada desenfreada de árvores em favor de um ar mais puro e respirável? Julgo cedo para se contar vantagem dessa situação. O Kindle (Amazon) e o iPad (Apple, ainda não lançado no Brasil) apresentam inumeras vantagens sobre o jornal e livros impressos, mas ainda parecem distante de dominar o mundo e conquistar um fiel público leitor como fez a mídia gutenberguiana ao longo dos seus mais de 500 anos de história.

Nos cabe, como jornalistas em formação, saber esperar com paciência o desenrolar dessa história, e mais, aprender desde já, na facudade, a lidar com as diferentes ferramentas de trabalho a nossa disposição.
A  partir de hoje farei uma sequência com textos meus escritos há cerca de um ano atrás. Na época, eu era caloura do curso de Jornalismo (FAMECOS - PUCRS) e criei um blog - em conjunto com um colega - para uma disciplina do curso. Hoje estou no terceiro semestre da faculdade, o que pode não parecer mas faz sim diferença. os textos abordam temas que, acredito eu, assola o pensamento de todos os jovens que pensam em seguir o jornalismo como profissão. E melhor: que estudam para isso.