O texto que segue é de minha autoria, e com ele conquistei uma vaga na final do concurso RedAÇÃO ZH, realizado neste ano, entre os meses de março e maio. O tema da primeira etapa abordava a questão delicada que existe quando se trata de trote universitário. Substituir inteiramente as brincadeiras e bizarrices pelo (novo termo) trote solidário? E onde guardamos a essência deste ritual? Mas isso não significa de maneira alguma que agressões e humilhações sejam aceitas como parte do processo. Eis abaixo a minha singela opinião acerca do assunto:
Real significado do trote universitário.
Tendo em vista que brincadeiras como cortar o cabelo, pintar o rosto, sujar-se, enfim, agradam aos novatos, em que ponto se encontram os problemas relacionados ao trote? Com conhecimento de fatos recentes, ouros nem tanto, é possível o questionamento de qual o real significado deste ato tão modesto: se faz necessária a humilhação moral ou a agressão física para demonstrar uma falsa soberania que alunos mais antigos da instituição pensam ter?
Somando a pressão exercida pela sociedade sobre o vestibulando com o medo de ser obrigado a participar de brincadeiras com caráter vexatório, o estudante tende a sentir-se inseguro quanto ao que pode acontecer. E é então que surgem forças para sustentar o trote solidário, que além de contribuir com causas nobres da comunidade, tais como doar sangue, alimentos e realizar visitas a asilos ou creches, integram alunos e instituição de forma saudável e divertida ao mesmo tempo.
Encontrar um meio termo entre o trote integração e o trote violento é demasiado difícil, pois sua conotação varia para cada pessoa. É preciso portanto buscar uma maneira de agregar as tradicionais brincadeiras ao trote solidário, de modo que este não se torne vazio de significado.
Bruna Fernanda Suptitz
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