segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O caso da chupeta perdida

Passo Fundo, alguma sexta-feira do mês de novembro de 2009.

Uma aluna estava chorando. Meu coração entrou em prantos junto com ela. O motivo pouco importa. Para qualquer adulto que se diz normal diria se tratar de uma bobagem sem cabimento. O bico da boneca sumiu: e daí? Compra um novo, brinca sem ele, a boneca não está sentindo nada com essa perda. Mas a menina sim, e estava inconsolável. Confiando na capacidade de bom comportamento da turma, os deixei brincando em sala de aula (porque a brincadeira faz parte da rotina da sexta-feira) e juntas, eu e a menina, saímos pelos corredores e pátios da escola a procura do objeto que sumiu. Refizemos os passos tal qual Sherlock Holmes segue pistas. E nada. Não havia mais nada que estivesse ao meu alcance a fazer por ela. Abracei-a com força e prometi conversar com a mana na hora do recreio, explicar o ocorrido, e assim ninguém iria culpá-la pelo que aconteceu. E foi exatamente no recreio que toda a situação foi resolvida: A mana a recordou que o brico da boneca ficou em casa, em cima do sofá. E a expressão que antes era de desespero deu lugar a um sorriso de alívio. E a menina correu feliz para brincar com os seus amigos.



É, mas muita gente que se diz séria não entenderia a gravidade da situação. Como diria o Pequeno Príncipe, os adultos são assim mesmo.

Um comentário:

Beatriz Souto disse...

Lindo!